Viu que eu consigo!!!

31 de out. de 2009

A prática aliada à teoria

Fala-se, escreve-se, lê -se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?

Com o trabalho oportunizado na interdisciplina Linguagem e educação percebi, que algumas vezes, nossa prática nas escolas com nossos alunos não está tão distante de nossas aprendizagens no Pead.

Com o trabalho sobre as diferentes formas de linguagem, escrita e faladas percebi que já realizava uma experimentação das diversas formas de escrita, porém faltava-me esse apoio teórico como suporte contribuindo na organização do trabalho já que venho desenvolvendo com meus alunos.
Cito a seguir uma parte do trabalho que traz um exemplo de minha prática na escola:
Penso que para a pratica com nossos alunos é importante a experimentação das diversas formas de escrita (imagens, internet, jornais, revistas,textos literários) oportunizando a leitura e a reflexão. Em minha prática na escola, com minha turma de quarta série, desenvolvemos trabalhos que envolvem as diferentes formas de linguagem escritas e faladas. Cito alguns exemplos de atividades que realizamos: produções textuais (individuais e coletivas), elaboração de cartazes e painéis, debates, entrevistas, leitura de livros, comentários sobre as leituras, jogos, dramatização. Utilizo os diversos recursos da linguagem falada ou escrita para desenvolver a reflexão sobre as aprendizagens que vamos construindo. Realizei um trabalho sobre etnias, conteúdo “os imigrantes no Rio Grande do Sul”, os alunos realizaram entrevistas com seus familiares, apartir destas selecionamos falas e elaboramos um painel da turma. Nesta atividade trabalhamos a ortografia das palavras, concordancia verbal, pontuação e os aspectos históricos e sociais que envolviam o tema.

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27 de out. de 2009

PEAD MUDOU MINHA ATITUDE

Quero agora compartilhar com todos as transformações que vem ocorrendo em minha caminhada pelo magistério depois que ingressei no curso Pead:
Com todas as provocações, desafios e questionamentos que nos são proporcionados neste curso em relação a nossa prática educacional, mudei minha postura na escola. Antes do Pead eu era uma professora acomodada em minha sala de aula (4ª série), cultivava a politíca da boa vizinhaça (não questionava o trabalho de nenhum colega, para também não questionarem o meu), nas reuniões pedagógicas pouco questionava (pensava que de nada adiantava, pois entendia que o que era decidido era sempre a vontade da direção). Eu tinha olhos, mas não enxergava.
Com o Pead em minha vida não aguentei mais ver e perceber que minha omissão prejudicava meus alunos. Não fiquei mais quieta, passei a questionar a questão pedagógica de nossa escola. Comecei mudando minha prática com meus alunos, meus trabalhos com eles tornaram-se mais elaborados. Eu e meus alunos contruimos juntos a aprendizagem, já não sou mais uma transmissora de saberes, agora vamos descobrindo juntos o conhecimento). Nas reuniões pedagógicas questiono a falta de direcionamento do trabalho pedagógico desenvolvido com os alunos (sem planejamneto e orientação).
Com as colegas iniciei uma busca por materiais criativos para nos auxiliar no desenvolvimento de nossos trabalhos (aliei-me com a professora do laboratório de informática e juntas pesquisamos sitios: o último que pesquisamos foi sobre as obras de Candido Portinari para crianças, com um atrativo material que envolve jogos e atividades).
Comecei uma atitude de indignação em relação a falta de ética de colegas que estavam conduzindo o projeto educativo da escola, entretanto, dentro de tudo o que comecei a fazer, naturalmente com maior poder de reflexão e planejamento, em função dos estudos do Pead, agregou-se a força de observação de minhas colegas que começaram a ver na minha ação uma referência para acreditar em uma outra escola que podemos construir juntas, com nossa prática mais qualificada, contendo planejamento (reflexão), prática (ação) e análise avaliativa da ação (reflexão).
A partir desse momento, comecei a ser um nome cogitado como representante de minhas colegas e atualmente estou discutindo nossa idéia de escola junto com os professores da área e sou candidata a vice-diretora em uma chapa de oposição dentro de minha escola, que é do bairro no qual eu moro.
Todo esse momento que vivo faz com que eu tenha muito claro que não tenho nada de pessoal contra minhas adversárias "políticas". Apenas penso que a escola da qual eu fazia parte: que não garantia nem a integridade das crianças do seus períodos de escola, que não se apoiava na ação do planejamento, que não buscava os saberes vivos das crianças e da comunidade do seu entorno, entre outras ações mais intrigantes que noto - ESSA ESCOLA NÃO QUERO MAIS.
Uma escola que busca o silêncio e a disciplina pelo medo como a de Auschwitz, que estudamos no Pead; Uma escola que ainda tem sua referência de ordenamento multidisciplinar orientada pelo símbolo de uma cirene de polícia ou ambulância, ou de toque de recolher; uma escola na qual encontramos, na sua direção, educadoras que são resistentes aos trabalhos que garantem a diversidade cultural, de gênero e o pluralismo religioso do povo brasileiro. ESSA ESCOLA NÃO ME SERVE MAIS.

Entendo que para tudo isso que observo e no todo em que estruturei minha crítica: ao que eu mesma era, em minha conivência com esse passado relativamente recente do ofício que escolhi de educar, o Pead foi e é a base de fundamentação teórica e reflexiva da minha prática, como professora educadora. Até tenho receio de ver-me sem o apoio das estruturas que montamos com o curso Pead, pois ainda não sei se teremos acesso e comunicabilidade com os vários ambientes (no término do curso) que criamos com essas ferramentas livres do ROODA, os Wikis, entre outras maravilhas que temos para nos comunicar entre colegas de curso, com nossas mestras (es) e tutoras (es) e, claro, com o mundo todo, para que possamos trocar experiências para aprender e ensinar e aprender outra vez e ensinar de novo.


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15 de out. de 2009

Nosso dia!


Colega Renato, com alunos da E.M.E.F.V. Cléo dos Santos, que também fez parte da nossa caminhada como tutor do Pead Gravataí.

Cada vez sinto mais prazer em desenvolver esta profissão, ou vocação.
Trabalho na escola municipal Vereador Cléo dos Santos, situada em uma comunidade pequena, com uma área rural com moradores, em sua maioria, de baixa renda.
Minha residência é bem próximo da escola.
Neste nosso dia quero deixar aqui um momento de emoção que senti nesta semana do dia do professor.
Na terça-feira (13/12) fui até a sala de vídeo (onde também se encontram os computadores para o laboratório de informática) à procura de minha colega Lidiane. Como a comunicação administrativa não está muito boa na escola, não sabia que neste dia era a primeira aula de informática.
Entrei na sala e para minha surpresa haviam doze alunos, em duplas, nos seis computadores do laboratório. Fiquei muito emocionada ao presenciar o interesse e envolvimento das crianças. Era muito bonito, havia uma atmosfera muito boa naquele ambiente. Os alunos, do terceiro ano, estavam muito concentrados.
Observei dois meninos, ambos com idade de nove anos, chinelinhos de dedo bem batidos nos pés, tentando descobrirem e utilizarem as tecnologias que o recurso da computação proporciona para a escola agora.
Fiquei alguns minutos observando-os com muita alegria. Meu presente maior do dia do professor foi ver o olhar daqueles alunos, crianças da minha comunidade, em contato com a tecnologia que chega ao sistema educacional de nossa cidade e perceber que apesar de todo um movimento midiático que faz com que pensemos que todo mundo tem acesso, senti que aquelas crianças tinham uma carência de acesso a esse tipo de experiência em suas infâncias... ainda. Penso que exita muitos lugarejos assim ainda, não pensava que no bairro em que moro o encontro com aquela comunidade me desse uma visão tão intrigante que manifesta a sede de querer saber que a criança pode ter com essas ferramentas tecnológicas.

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4 de out. de 2009

Libras X Cultura X Identidade


Na interdisciplina de LIBRAS compreendi que é muito mais que uma linguagem de sinais. É toda uma cultura que possibilita uma integração da pessoa surda na sociedade. Cito uma reflexão que fiz em meu trabalho sobre a linguagem de sinais:
“Os defensores da língua de sinais para os povos surdos asseguram que é na posse desta língua que o sujeito surdo construirá a identidade surda, já que ele não é sujeito ouvinte. “
Penso que a todas as crianças surdas deve-se oportunizar o ensino de Libras, com o qual elas podem desenvolver uma forma de comunicação com outras crianças e conquistar a ajuda e preparo para uma comunicação com os ouvientes. Mas o importante é que essa criança interaja mais ativamente na socieadade da qual faz parte. Como uma cultura, ela traz o suporte de apoio pra que a criança surda possa superar e enfrentar as barreiras do preconceito em nossa sociedade.

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