Viu que eu consigo!!!

27 de out. de 2009

PEAD MUDOU MINHA ATITUDE

Quero agora compartilhar com todos as transformações que vem ocorrendo em minha caminhada pelo magistério depois que ingressei no curso Pead:
Com todas as provocações, desafios e questionamentos que nos são proporcionados neste curso em relação a nossa prática educacional, mudei minha postura na escola. Antes do Pead eu era uma professora acomodada em minha sala de aula (4ª série), cultivava a politíca da boa vizinhaça (não questionava o trabalho de nenhum colega, para também não questionarem o meu), nas reuniões pedagógicas pouco questionava (pensava que de nada adiantava, pois entendia que o que era decidido era sempre a vontade da direção). Eu tinha olhos, mas não enxergava.
Com o Pead em minha vida não aguentei mais ver e perceber que minha omissão prejudicava meus alunos. Não fiquei mais quieta, passei a questionar a questão pedagógica de nossa escola. Comecei mudando minha prática com meus alunos, meus trabalhos com eles tornaram-se mais elaborados. Eu e meus alunos contruimos juntos a aprendizagem, já não sou mais uma transmissora de saberes, agora vamos descobrindo juntos o conhecimento). Nas reuniões pedagógicas questiono a falta de direcionamento do trabalho pedagógico desenvolvido com os alunos (sem planejamneto e orientação).
Com as colegas iniciei uma busca por materiais criativos para nos auxiliar no desenvolvimento de nossos trabalhos (aliei-me com a professora do laboratório de informática e juntas pesquisamos sitios: o último que pesquisamos foi sobre as obras de Candido Portinari para crianças, com um atrativo material que envolve jogos e atividades).
Comecei uma atitude de indignação em relação a falta de ética de colegas que estavam conduzindo o projeto educativo da escola, entretanto, dentro de tudo o que comecei a fazer, naturalmente com maior poder de reflexão e planejamento, em função dos estudos do Pead, agregou-se a força de observação de minhas colegas que começaram a ver na minha ação uma referência para acreditar em uma outra escola que podemos construir juntas, com nossa prática mais qualificada, contendo planejamento (reflexão), prática (ação) e análise avaliativa da ação (reflexão).
A partir desse momento, comecei a ser um nome cogitado como representante de minhas colegas e atualmente estou discutindo nossa idéia de escola junto com os professores da área e sou candidata a vice-diretora em uma chapa de oposição dentro de minha escola, que é do bairro no qual eu moro.
Todo esse momento que vivo faz com que eu tenha muito claro que não tenho nada de pessoal contra minhas adversárias "políticas". Apenas penso que a escola da qual eu fazia parte: que não garantia nem a integridade das crianças do seus períodos de escola, que não se apoiava na ação do planejamento, que não buscava os saberes vivos das crianças e da comunidade do seu entorno, entre outras ações mais intrigantes que noto - ESSA ESCOLA NÃO QUERO MAIS.
Uma escola que busca o silêncio e a disciplina pelo medo como a de Auschwitz, que estudamos no Pead; Uma escola que ainda tem sua referência de ordenamento multidisciplinar orientada pelo símbolo de uma cirene de polícia ou ambulância, ou de toque de recolher; uma escola na qual encontramos, na sua direção, educadoras que são resistentes aos trabalhos que garantem a diversidade cultural, de gênero e o pluralismo religioso do povo brasileiro. ESSA ESCOLA NÃO ME SERVE MAIS.

Entendo que para tudo isso que observo e no todo em que estruturei minha crítica: ao que eu mesma era, em minha conivência com esse passado relativamente recente do ofício que escolhi de educar, o Pead foi e é a base de fundamentação teórica e reflexiva da minha prática, como professora educadora. Até tenho receio de ver-me sem o apoio das estruturas que montamos com o curso Pead, pois ainda não sei se teremos acesso e comunicabilidade com os vários ambientes (no término do curso) que criamos com essas ferramentas livres do ROODA, os Wikis, entre outras maravilhas que temos para nos comunicar entre colegas de curso, com nossas mestras (es) e tutoras (es) e, claro, com o mundo todo, para que possamos trocar experiências para aprender e ensinar e aprender outra vez e ensinar de novo.


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