EJA - Um desafio para minha prática

“Na verdade, somente com muita paciência é possível tolerar, após as durezas de um dia de trabalho ou de um dia sem ‘trabalho’, lições que falam de ASA – ‘Pedro viu a asa’ – ‘A asa é da Ave’. Lições que falam de Evas e de uvas a homens que conhecem poucas Evas e nunca comeram uvas. ‘Eva viu a uva’. Pensávamos numa alfabetização que fosse em si um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores”. (Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1971)

Em minha prática na escola não tenho a vivência do trabalho com a EJA. Com os trabalhos desenvolvidos na interdisciplina da EJA, consegui compreender que o aluno desta modalidade de ensino traz consigo as necessidades como as questões sócio culturais, que devem ser contempladas no planejamento direcionado à aprendizagem e cidadania.
Cito a seguir uma parte do meu trabalho sobre a educação de jovens e adultos na EJA, quanto ao papel do educador e da escola:
"O educador da EJA e a instituição escolar terião que ter, ao meu ver, sua estrutura de prática pedagógica com foco direcionado à questão da diversidade cultural que dá a possibilidade do acesso dos diferente tipos de Jovens e Adultos ao retorno à escolaridade tardia, o que compreenderia uma atitude de inclusão social no aspecto de uma política cultural, que considera a característica heterogênea de tal parte da sociedade, também vítima da exclusão escolar"
Mais uma vez vamos perceber a exclusão escolar, como já haviamos identificado nos trabalhos da interdisciplina LIBRAS, com a questão da história dos surdos e a luta pelo reconhecimento da sua cultura. É necessário uma reflexão sobre o quanto se faz importante um planejamnto de nossas aulas para a inclusão, de uma forma bem orientada, de nossos alunos, na suas diversidades culturais, na escola.

Pedagogia de Projetos

O trabalho com projetos, acredito ser muito positivo, pois é uma forma de organização dos diferentes recursos que utilizaremos para desenvolver o processo de aprendizagem com nossos alunos.

Aspéctos positivos e desafiadores da Pedagogia de Projetos, texto de Hernández & Monteserrat (1998):

Diferenças e semelhanças da pedagogia de projetos na educação Infantil e nas séries iniciais:

As crianças menores dependem mais da ação do professor, o que torna-se um diferencial na deteminação do que se poderia chamar de retorno, ou resultado do trabalho, pois os alunos ainda estão aprendendo a direcionarem suas pré-disposições em direção ao foco do aprendizado construído por eles junto ao mesmo professor. Os educadores têm que criar possibilidades criativas de integração e interação das crianças mais novas. Já as crianças da Séries Iniciais avançam para a ampliação do conhecimento amplificando a variedade das problematizações recebidas por elas e construindo e desconstruindo o que o professor propõe com uma maior impulsividade que a leva a descoberta de sua autonomia e protagonismo de ação junto ao projeto.