Viu que eu consigo!!!

28 de out. de 2007

Inventário Criativo

INVENTÁRIO CRIATIVO

A partir da aula presencial selecionei o jogo meia, meia lua 1, 2, 3, e idealizei uma aula com meus alunos. Planejei com o objetivo de trabalhar uma maneira lúdica de envolve-los com outras posturas físicas, que não só aquelas que exigem trabalhos educativos deles, sentados em suas classes. A princípio o meu objetivo era esse, entretanto, percebi que também poderia trabalhar a questão do respeito à regras que podemos criar juntos, para alcançarmos objetivos comuns, no sentido de trabalhar sociabilidade entre eles. Meus alunos são de uma faixa etária que vai de 10 a 12 anos, em uma turma de quarta série na periferia de Alvorada, num total de 31.

A primeira vez que fiz a atividade com meus alunos não levei em consideração muitas observações que se referem ao tempo possível e lugar apropriado para realização da atividade. Realizei de forma experimental mesmo, no pátio da escola, em meio ao meu habito de os levar, pelo menos uma vez por semana para dependências diferenciadas da sala de aula. Percebi que não poderia fazer a atividade de qualquer jeito. Obviamente não alcancei maneiras de meus alunos me ouvirem e não alcancei nenhum dos objetivos propostos, uma vez que o local no qual fui realizar a atividade eles já estavam acostumados a fazer as mesmas brincadeiras de sempre e percebi que o lugar estava muito mais dominado por meus alunos do que por minha pessoa.
Resolvi que deveria ler todos os textos que tinha de subsídio, entretanto, não desisti da atividade que iniciei no pátio. Compreendi que meus alunos tinham curiosidade. Pelo menos uma maioria da turma quis saber o que eu estava propondo, quando tentei fazer o jogo no pátio, e isso me fez não desistir do mesmo jogo.



AVALIEI SOZINHA (primeira vez)
Na avaliação das causas que levaram o jogo proposto a não ser uma atividade atraente no pátio, anteriormente, entendi que minha maneira de comunicação com meus alunos não estava objetiva e não agia como estímulo e afirmação, principalmente, para aqueles que estavam participando mesmo sem terem claras as regras do jogo proposto.
No texto da Viola Spolin percebi o quanto a preparação do espaço é importante para que os alunos sejam envolvidos nas proposições do professor diretor e também aprendi que deveria mudar a minha maneira de instruir
Dentro das observações evidenciadas por Viola Spolin percebi que tinha que ter claro em minha cabeça a seriedade com a proposta e o tempo ideal de realização do jogo, para mais de trinta crianças. Destinei uma hora específica de atividade com eles (o tempo todo depois do recreio) para conseguir fazer o jogo e tive que dividir a turma em dois grupos.

PREPARAÇÃO DO LOCAL
Trabalhamos o jogo na sala de aula. Durante o recreio eu preparei a sala para que quando meus alunos voltassem, já tivessem um outro ambiente preparado ali. Foi muito bom ver a surpresa deles quando voltaram do recreio, porém não foi fácil a divisão do grupo, por causa dos grupos afins que ficaram separados. Entretanto, o grupo que ficou olhando tornou-se outro instrumento importante que encontrei nos três textos que subsidiaram a minha experiência. A platéia – DA PLATÉIA SURGIRAM TODAS AS MINHAS FALAS PARA APROFUNDAR O ENTENDIMENTO DELES SOBRE RESPEITO E SOCIABILIDADE – eles não se continham em fazer torcida e pejorativar as ações dos colegas jogadores. Mas logo depois eles eram as pessoas que estavam na situação de jogadores. Isso ajudou muito na hora da realização da Avaliação, além dos conflitos que se estabeleceram durante a realização do jogo. Encontrei fundamento na afirma do texto de Cleusa J. Machado, quando diz sobre os alunos que atuam e os que assiste, como presença de público, que ambos, trafegam nas mesmas miríades de relações que percorrem o ator e seu público: admiração, descrédito, interesse, surpresa e curiosidade, entre outros. Os alunos disputam o lugar da cena e evidenciam uma agressividade com a passividade dos colegas mais frágeis que vencem, pela ética e respeito a regras expostas. Eles percebem que não se pode ganhar de qualquer jeito o jogo. Isso foi muito bom e emocionante.

Quando estávamos em plena realização do jogo percebi que alguns alunos tinham entendido de maneira diferente a proposição do jogo. Mas a maneira como compreenderam era mais teatral do que a que propus. Eles entenderam que quando o colega que estava para ser alcançado, quando virasse de frente para os colegas que tentavam o alcançar tinham que paralisarem seus movimentos, mas além disso fazerem uma pose que não fosse apenas a da corrida. Então deixei, pois percebi que eles deram um tom mais teatral ainda a atividade proposta.

Como os alunos reagiram?
De uma maneira geral os alunos envolveram-se muito na atividade. Na avaliação com eles pude discutir o respeito e a sociabilidade, pois todos eles passaram pela situação de aluno ator e de platéia e em todos os casos, uma boa parte deles não tinha a compreensão de comportamento ideal para qualquer uma das duas situações. Dessa maneira trouxe observações para suas vidas cotidianas de convivência familiar e eles conseguiram entender que precisamos ter tempo para ver, para interagir e para cooperar com os colegas para que a atividade possa funcionar melhor.
A maior dificuldade é entender que as crianças não estão acostumadas com propostas diferenciadas de abordagem didática e metodológica. Necessário se faz muita paciência para o professor diretor para que possamos dar o tempo para eles compreender que podemos mudar o espaço da sala de aula e aprender não só com o conhecimento da escrita. Como bem abordou Cleusa Machado, podem-se considerar materiais textuais, além da palavra, o gesto, a música, a intenção da fala, os códigos etc.
Em determinado momento dá uma vontade (sinceramente) de voltar a formação normal das classes e desistir de tudo. Mas ao superar a angustia de ver tudo acontecendo de uma maneira muito diferente da rotina normal e o socorro de tudo ser buscado NA POSSIBILIDADE DE AVALIAR com os alunos... Isso não tem preço... Grande dificuldade foi segura os alunos que assistiam na condição de alunos platéia.

Confesso que uma das minhas dúvidas foi como fazer uma apanhado dos objetivos que tracei alcançar com minha atividade. Entendi a avaliação como uma saída. Entretanto, confesso que não tinha planejado avaliar junto com as crianças a atividade. Mas ao fazer a conversa com as crianças percebi que ali cumpri meu objetivo de trabalhar com outras posturas físicas e alcançar a sociabilidade e respeito entre o meu grupo de alunos. Em um outro momento vou inventar uma plaquinha para quem quiser falar na avaliação. E é claro que não chamei de avaliação a conversa que tive com eles no final.
COMO ACONTECEU O JOGO.
Inicialmente separei os dois grupos. Depois relembrei os pontos negativos que ocorreram no pátio. Quando uma boa parte da turma resolveu não participar, ou simplesmente não ouvir a professora. Depois disso exemplifiquei com 08 alunos fazendo comigo. Eu como o alvo a ser alcançado. Depois cada grupo de quinze alunos foram jogar ao longo da sala. Fiquei de juiz. Deixei acontecer cinco vencedores (as). Expliquei que a platéia teria que espelhar-se em platéias de teatro. Como vêem de as vezes em novelas ou na escola, quando uma peça teatral aparece. Disse que uma grande importância da platéia é olhar atentamente e ver tudo o que aconteceria. Observei que os colegas jogadores precisariam de uma espécie de concentração para que pudessem jogar.
Expliquei o que faria o jogador voltar atrás e tudo o que não iria permitir, como puxões, empurrões e outras coisas mais.
Depois disso jogamos e tivemos os conflitos com a harbitragem, como pensei que iria acontecer. Tivemos dificuldades de conter a platéia. MAS TUDO AVALIAMOS JUNTOS e aí o jogo tornou-se rico e útil. Todos os meus alunos ficaram na expectativa de que possamos fazer mais vezes esse tipo de abordagem. Esse foi um fato que fez com que eu pense em novas maneiras de abordar minha relação com minhas crianças.

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24 de out. de 2007

Trabalho com figuras na escola

6-Proposta de atividade com para uma 4ª série
Tema: Etnias, lei 10639/03

a) Apresentação de três imagens relativas a crianças de diferentes etnias e culturas ( recorte de revistas).
b) Questionamentos e diálogo para que os alunos concluam que as imagens se referem ao mesmo tema, mas se diferenciam na cultura, na raça, nos povos que originaram a formação das crianças.
c) Após eles terem concluído que o tema apresentado se refere a etnias, solicitar que observem atentamente as imagens e destaquem o que há em comum e diferentes entre estas.
d) A seguir sugerir que recortem de revistas vestimentas, casas, alimentos, entre outros elementos que as crianças podem identificar pertencentes as etnias a que pertencem. Após, colar na imagem, para identificarmos, com esses recortes aspectos sociais e culturais das personagens retratadas nas figuras anteriormente apresentadas.e) Escrever os possíveis povos de que descendem as crianças.

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As Meninas Afro-americanas



A releitura da obra de Velásquez “As meninas” apresentada é intitulada “As meninas afro-americanas”. A menina branca acima foi colocada ali para que venhamos a refletir sobre as questões do racismo e a discriminação que nós pais passamos em nossas atitudes preconceituosas para crianças, que, bem novinhas evidenciam o repúdio ao diferente delas. Essa menina, com a cabeça no mapa do Continente africano representa a ingenuidade da criança ante a nossa ignorância e estupidez com um povo que tanto colabora com a consolidação da história de nosso país. A personagem principal foi substituída por uma menina grávida. A gravidez na adolescência, tão presente em nossa cidade e nosso país está ligada a fase em que a vida das meninas é interrompida por uma vontade mal discutida com seus pais e bastante incentivada pelos ícones de novelas brasileiras. As pegadas a sua frente representam aquela vontade das meninas fazerem o que suas amigas fazem, porém o limitador é a criança dentro da criança.
A feiúra da anã é substituída por uma beleza negra... PARA PENSARMOS SOBRE ISSO. A Afro-brasilidade chora lágrimas de sangue sobre as imposições norte americanas que sufocam a América e, particularmente o Brasil.



As Meninas Afro-americanas

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ATIVIDADE MÚSICA

Esta atividade foi muito prazerosa. Fiz uma reclexão sobre toda a minha vida musical e neste mesmo período participei de um seminário sobre educação da 28ª CRE, onde constatei a importância da música na escola. Com a palestra e o texto " Qual é a música" percebi o quanto as crianças aprendem e entram em contato com a nossa cultura. As cantigas de roda, o escravos de Jó, o cravo brigou com a rosa, são músicas que nos são passadas de várias gerações. Com a música podemos trabalhar a poesia, as palavras, a escrita, a sensibilização, o jogo, a alegria com nossos alunos.



DE QUEM É A MÚSICA?
AS MÚSICAS DA MINHA VIDA

Minhas primeiras experiências com músicas foram às cantigas de roda que cantava com outras meninas na minha rua, “se a canoa virou”, “atirei um pau no gato”, “ciranda cirandinha” este período foi entre os 4 a 10 anos de idade. Sou a filha mais nova de uma família de 10 filhos, devido às dificuldades financeiras não lembro de ouvir músicas de discos, nestes primeiros anos de minha infância.
Aos 12 anos fui contaminada pelo fenômeno “Menudo”, mesmo com as dificuldades financeiras eu e minha irmã fomos ao show.
Quando completei 15 anos meus dois irmãos, os mais novos, compraram um toca-disco (1987) com um LP do Cazuza “... o nosso amor a gente inventa, inventa...” ouvia limpando a casa. Pelos 18, ouvia Raul Seixas: “Alcapone”, “Metamorfose Ambulante”.
Nunca tive muito ritmo, não dançava, não ia a bailes.
Aos 19 anos tive um namorado baterista e é aí que a história da música em minha vida recomeça. Em 1993 em um de nossos primeiros encontros fomos assistir um shoow no Largo Glênio Peres do cantor João Bosco em comemoração ao aniversário da cidade de Porto Alegre. Neste período de namoro escutamos muito Djavan “Flor de Lis” no maior romantismo, também Gil e Caetano “Haiti” (Tropicália II – Cinqüenta mais Cinqüenta igual a vinte e cinco), que denuncia o massacre dos 111 presos, em sua grande maioria pobre e negros, mortos na chacina do Carandiru. Conversamos muito sobre a situação do país e as impunidades da época.
Aos 22 anos casei com o musico e acostumei-me com o som da bateria. Meu marido teve algumas experiências musicais tocando com seus colegas e suas músicas fizeram (e fazem) parte de minha vida também. Uma música que eu gostava muito de ouvir nos ensaios do espetáculo cênico musical “Meu Chapéu” era “... ta lá um corpo estendido no chão...” João Bosco (não consigo lembrar o nome da música).
Uma outra música que marcou muito nossas vidas foi em um outro trabalho de meu marido onde os ensaios aconteciam na minha casa, era um rap com banda, (1999) “...”Teve um filho da * que se elegeu, mas do povo ele se esqueceu, só que o povo foi mais inteligente fomos todos pra rua contra aquele que se dizia inocente, ele foi julgado e foi culpado,seu mandato foi caçado,só que não adiantou, o tempo passou e no seu lugar outro filho da * ficou, mas olhem só que decepção do povão em vão: povo passando fome e ele relança o fuscão...” as questões da política da época eram bem expressadas pelo compositor João Paulo.
Na formatura do magistério “Haiti” Caetano Veloso e Gilberto Gil foi meu tema.
Aos 30 anos estava grávida e com minha filha (na barriga) ouvia o CD Mozart for Babies.
A partir do nascimento de minha filha interessei-me mais por músicas infantis, CD “Arca de Noé” de Vinícius de Moraes, “Criança é Vida” e outros. Teve um momento muito especial com a música que foi na preparação para uma apresentação do dia dos pais, na creche da minha filha Isis com 2 anos de idade, onde ela cantava em casa apenas uma palavra “...fajola, fajola...” demoramos para descobrir que era “avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você...” em uma interpretação de Adriana Calcanhoto, no Par tin pim. Compramos o cd e ouvimos juntos a música várias vezes.
Atualmente escuto músicas de todos os ritmos, gosto de todos os tipos.
A música sempre fez parte da minha vida em momentos importantes, algumas vezes me acalmando em situações difíceis, me fez parar e repensar, refletir sobre questões sociais, comportamentais, históricas, e em outras me trouxe muitas alegrias.
Em minha turma de 1º ano trabalho músicas, trabalho cantigas de roda e coloco os cds com as preferências dos alunos (na maioria das vezes Rebeldes e músicas sertanejas) deixo como atividade livre e eles dançam muito. Neste ano trabalhei a música “Ursinho Pimpão” onde fazíamos uma coreografia com um urso de pelúcia.
Na 4ª série trabalhei “Aquarela” Toquinho, onde fizemos a interpretação da música através de desenhos e os continentes, que surgiu da curiosidade sobre a cidade de Istambul.

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6 de out. de 2007

2º SEMESTRE - 2007



Olá colegas!!!

A abelha-marinha
Uma vez eu fui a praia
-sou sujeito viajado-,
deparei com uma abelha
e fiquei bem espantado,
pois a abelha que encontrei
só fazia mel...salgado!!

Autor: Ricardo da Cunha Lima.



Estou de volta, tive algumas dificuldades mas já resolvi tudo e estou com bastante entusiasmo neste semestre. Gostei muito das aulas presenciais e da apresentação das interdisciplinas. É com muito prazer que tenho realizado as atividades de literatura, adorei o livro " Literatura Infantil Gostosuras e bobices" de Fanny Abramovich e descobri que gosto e já estou aprendendo a contar histórias para meus alunos.
A apresentação da interdisciplina "Ludicidade e Educação" está muito interessante e envolvente, tenho vontade de ficar o dia todo realizando suas atividaes.