ECS7 - AMIGOS PARA SEMPRE

Karl Heinvich Marx (1818-1883), nasceu em 05 de maio de 1818, na Alemanha, numa família abastada e culta que não era revolucionária, Alemanha. Estudou direito, história e filosofia. As concepções de Marx eram de um idealista hegeliano de esquerda primeiramente observando Feuerbach, depois rompendo e chegando a conclusões atéias e revolucionárias. Após sair da Universidade,em Bona,contava tornar-se professor,mas desistiu frente à política reacionária do governo.À partir de 1836 as idéias hegelianas, faziam rápidos progressos na Alemanha,com críticas à teologia e orientação para o materialismo.Em 1843 Marx vai para Paris. Em setembro de 1844, Friedrich Engels (1820-1895), filósofo alemão que junto com Marx fundou o socialismo científico ou marxismo, esteve lá por uns dias, e desde então tornou-se o amigo mais íntimo de Marx. Esses estudiosos tomaram parte ativa nos grupos revolucionários de Paris e, numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaboraram a teoria a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo).
À vista do acontecimento histórico do mercantilismo absolutista e da exploração, não só de caráter continental, mas diante de todo o processo quase que consolidado de colonialismo, Marx e Engels evidenciaram as feridas advindas desse modelo de dominação, que consolidaram a prática da exploração de trabalho humano. Principal fonte que dá origem ao capitalismo na Europa, após o feudalismo, que consolida a ascensão e surgimento da classe burguesa e seu modelo de vida baseado no comércio da sociedade contratual. A burguesia advém do processo da revolução industrial que revela outra classe social (explorada), que são os proletários.
Segundo Marx, todo o trabalho, no capitalismo é alienado, porque o homem passou a produzir um objeto alheio a ele e a suas necessidades básicas. Ao criar algo fora de si, o operário nega o objeto criado e disponibiliza um excedente, por ele denominado de “mais valia” (1867, “O Capital” de Marx) – matéria comercializável, utilizada como produto de acúmulo de riquezas pela classe burguesa. A partir desse enriquecimento a classe burguesa passa a contestar o poder dos reis. Daí, a necessidade da existência de um sistema capitalista, baseado na exploração direta, segundo Marx, de uma classe sobre a outra.
Uma das observações fundamentais dos estudos feitos por Marx e Engels é a que define a função do Estado para a classe burguesa. Diferente de outros momentos da história da humanidade agora esse equipamento de organização das sociedades não existia mais como uma necessidade social. Além dessa necessidade o Estado passa a ter a função de DOMINAÇÃO. Segundo tais estudiosos na raiz da função de necessidade social estava a função de dominação Ou seja, na sociedade dividida em classes, na qual a burguesia dominava, ocorreu uma divisão do trabalho entre quem trabalha e quem administra. Quem pensa e quem executa. Quem é explorado e quem explora. Mas, essa situação foi criada na medida em que a produção de bens da comunidade aumentou de tal maneira, que permitiu que a divisão de trabalho beneficiasse mais uns do que outros. Isso também levou a que uma parte da sociedade adquirisse poder suficiente para dominar o restante. O estado, criador de leis e mantedor da ordem (e do progresso) tornou-se ferramenta principal para a sociedade burguesa perpetuar seus domínios em valores morais e materiais.
Marx e Engels, para combater as versões de um socialismo burguês que já se prenunciava na época, afirmam que, não só no sistema de produção capitalista existe a luta de classes, mas em toda a história das relações humanas – senhores x escravos, nobres feudais x servos, burguesia x proletariado). Esses estudiosos criaram os princípios do Socialismo Científico (Materialismo histórico).
Entretanto, todos dizem que Marx e Engel, na edição do Manifesto Comunista, em Bruxelas (1848), consagraram-se os pais do Comunismo.
A verdade é que temos diante de nós dois seres humanos que dedicaram suas vidas a esclarecer que o tipo de modelo de relação de produção capitalista é injusto, porque se propaga pela via da dominação e exploração de uma classe social sobre a outra, com a alienação de trabalho. Avançaram tanto em suas observações sobre a evolução do grau de domínio e exploração da classe burguesa, que qualquer um de nós que der uma olhadinha no Manifesto Comunista, vai perceber que, nesse documento eles falam até de mundialização do comércio, das navegações e das comunicação. Isso não lembra o que ouvimos falar atualmente, denominado GLOBALIZAÇÃO?