Viu que eu consigo!!!

23 de out. de 2006

Atividade 8. E.P.P.C.


Resumo Analítico

Título: Ofício de Mestre
Autor: Miguel Arroyo
Publicação: Ed.Vozes, RJ.
Palavras Chaves: certezas, incertezas, coordenadas inseguras.
Temática Principal:
Referindo-se a algumas certezas e crenças que são defesa e proteção dos educadores, na prática cotidiana, Miguel Arroyo aponta questões sociais, advindas desses tipos de posturas existentes nas instituições de ensino. Ele reflete sobre o que acontece quando os educadores optam por seguir coordenadas inseguras e inovadoras. Identifica boas perspectivas de um trabalho já existente de organização da postura pessoal do professor, na busca desse caminho. Arroyo evidencia que isso ocorre na medida em que nós, como educadores, questionamos toda a estrutura do sistema nacional de educação.

Conclusões do Autor:

Miguel Arroyo nos apresenta, no texto, as situações em que os educadores questionam suas práticas pedagógicas. Coloca que há valores e crenças enraizados na escola e que fica muito difícil optar por outros caminhos inovadores, pois os mesmos deixam os educadores em uma situação de insegurança, diante dos desafios. Segundo ele, devemos ter ousadia para duvidar, sendo que isso já está acontecendo, pois são muitos os educadores que já não dormem com o sono tranqüilo, quanto a questão dos significados da reprovação e da exclusão, que enfrentamos no dia a dia da escolar.
Arroyo identifica a volta do diálogo, dos debates e dos encontros de docentes como provas de que os educadores já estão abandonando o sono tranqüilo. O autor também deixa claro que existem propostas de inovação, que devem agregar o repensar da prática pedagógica e que isso deve acontecer no coletivo. Sugere que tal proposta não fique só no o Município e no Estado, mas que avance às diversas questões sociais que se relacionam à educação em nosso país. A reprovação é colocada, no texto, como uma violência, tanto para educadores quanto para educandos.
Arroyo enumera algumas das tantas incertezas que aparecem fora da grade curricular: crianças de rua, jovens trabalhadores de rua, adolescentes sem horizontes na vida...A exclusão social exacerbada é vista, por esse autor, e, segundo ele, se constitui em uma corrente de força que derruba todas as seguranças dos educadores. O autor provoca os educadores afirmando que os els não podem agir com inovações de pequenos retoques procurando resolver os problemas de exclusão social. Arroyo coloca que agora as coordenadas inseguras passam a ficar mais explosivas. Não dá mais para dormir tranqüila sabendo que a infância e a adolescência estão sendo reprovadas na rua, no trabalho, na sobrevivência. Arroyo diz que não dá para ficarmos por trás de uma cortina que traz um currículo de paz na grade curricular, quando a questão social das incertezas aumentam para educandos e educadores.

Idéias do autor e minhas experiências pessoais:

Refleti sobre o texto de Arroyo e volto a pensar na minha prática como educadora, quando entrei no Município de Alvorada, na EMEF Paulo Freire. Nós, professores, nos inquietávamos, não dormíamos tranqüilas. Passei, nesse momento, por um período intenso de debates sobre a questão dos ciclos. Acreditávamos que poderíamos seguir por vias inseguras, mas questionávamos, exatamente como no texto de Arroyo, se não estávamos diante de uma política de retoques. O sistema de educar pela via do ciclo traz toda a questão de formarmos cidadãos atuantes na sociedade, mas pensávamos nos conteúdos agregando nele uma maneira de atrair o aluno e assim firmar alguma certeza. A maior contradição questionada referia-se ao fato de estarmos em um sistema de ciclos, mas ainda utilizarmos uma prática muito próxima do esquema seriado, no que dizia respeito a propostas do conteúdo e aspectos ligados a retenção dos alunos.
As discussões encima de uma proposta de escola ciclada eram algo muito novo e provocador para os educadores e ela nos fez criar uma ousadia que faz parte de minha prática até hoje. Na EMEF Paulo Freire, na época, conseguimos através das discussões sobre os ciclos, naquele esquema proposto, para que executássemos nossa humilde função de educar. Senti que aquele período me trouxe uma inquietude diante de problemas que uma maioria de educadores e educandos trazem em si , para serem resolvidos por “nós” em nossas comunidades, lugar onde a fruição de educar se perpetua influenciando gerações e gerações, por aquilo, que com certeza, cada um de seus educadores deixa de semente, plantadinha na mente de cada educando.

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